quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Os Tuaregues

                       

Os tuaregues são um grupo étnico da região do Saara. Trata-se de uma civilização bem excêntrica; recebem este nome, que se origina da palavra árabe tuareg (que significa abandonados pelos deuses), pois foi dada pelos europeus, para distingui-los de outros povos. A origem dessa gente parece perdida no tempo. Poderia ser egípcia, iemenita ou de uma antiga tribo europeia. A maioria dos estudiosos acredita se tratar de um povo berbere, os mais antigos habitantes do Saara. Nômades, percorrem o deserto em camelos ou cavalos. Foram eles um dos primeiros povos a habitar o Saara. Atualmente calcula-se que exista cerca de um milhão e meio deles, em uma região onde chuvas são extremamente raras e as temperaturas podem chegar a 50º C durante o dia e –5º C à noite, estão espalhados por Níger, Mali, Líbia, Burkina Fasso e Argélia, mas vivem dispersos, enfrentando a repressão dos novos governantes, após a saída dos franceses.

                      

Este povo herdaram costumes e tradições muito antigos de tempos pré-islâmicos, entre eles, a liberdade feminina principalmente quando se refere à sexualidade, e o respeito aos elementos da natureza. Eles vivem através de uma hierarquia, formada por castas, onde a casta nobre, Imajeren, são os guerreiros que portam a tradicional espada Takoba, cujo formato lembra muito as espadas medievais das cruzadas. 

A religião das tribos é uma mistura de islamismo e crenças ancestrais, relacionadas com o juun, o espírito da natureza. Sua língua pertence a raiz berbere e escrevem em tefinag, linguagem em caracteres ideográficos. A maioria somente tem cultura oral e usa também uma linguagem muda, para transmitir mensagens secretas. No passado, só as mulheres tuaregues sabiam escrever.

Não leem nem escrevem em seu próprio idioma e aqueles que o fazem, utilizam o árabe porque em seu idioma materno praticamente ninguém escreve.

Modo de Vida

Apesar de serem tradicionalmente nômades, constituíram importantes centros nos países em que estão presentes, como Agadez, no norte do Níger ou então Gao, Kidal e Timbuctu no Mali.

                 

Este povo semi nômades, tem o camelo como seu animal preferido devido a sua resistência nas viagens pelo deserto. Possuem também ovelhas e cavalos. Os asnos vivem em liberdade e não têm valor comercial. Em sua maioria, os tuaregues vivem em tendas (imahan) e praticam a monogamia, embora um homem que faça uma longa viagem possa ter concubinas de castas inferiores.

Diferentemente de outros povos berberes, os tuaregues não usam tatuagens. Homens e mulheres pintam os olhos com o kohl, pó negro de sulfato de antimônio.

Neste grupo, as mulheres são bem consideradas e pode ser delas a iniciativa do pedido de divórcio, caso se considerem maltratadas pelo marido.

Possuem autoridade no acampamento, pois os homens estão frequentemente ausentes, cumprindo suas atividades como pastores comerciantes ou guerreiros. Geralmente sabem escrever e são mais instruídas do que os homens. Participam dos conselhos e assembleias da linhagem e são consultadas nos assuntos da tribo.


As comunidades de tuaregues têm por norma oferecer chá de menta aos grupos de turistas.

Alimentação

A alimentação dos tuaregues tem sua base no leite de ovelha e derivados. Só abatem animais nas grandes festas.

Quando chegam às áreas onde há plantas, chamadas de oásis, as mulheres e crianças colhem tâmaras e outras frutas da região e aproveitam também para se abastecerem de água. 

Vestimenta

São os homens que não dispensam um véu azul índigo característico, o Tagelmust, que usam mesmo entre os familiares. Dizem que os protege dos maus espíritos, e tem a função prática de proteger contra a inclemência do sol do deserto e das rajadas de areia durante suas viagens em caravana. Usam como um turbante que cobre também todo o rosto, exceto os olhos. 

                      

Para se livrar do calorão, os tuaregues do Saara usam túnicas longas e largas. Assim protegem a pele do sol e permitem que o ar circule em volta do seu corpo. A roupa comprida ainda serve para as noites frias e meses de inverno. Todas as suas vestimentas são azuis. 

Os rapazes raspam a cabeça, deixando apenas uma espécie de crista no centro. O que servirá para que Alá os “arraste” ao paraíso, segundo a crença. E as mulheres, ao contrário das outras muçulanas, não usam véus e possuem cabelos longos e trançados, em certas ocasiões, elas pintam o rosto de vermelho ou amarelo e os lábios de azul, formando uma espécie de máscara, que serve de enfeite e de símbolo mágico. 

Pensamento do Povo



Os Tuaregues recusam-se a aceitar as fronteiras dos cinco estados – Argélia, Mali, Líbia, Níger e Burkina Fasso -, estabelecidas nos tempos coloniais, em territórios que sempre lhes pertenceram.
Expulsos da Argélia em 1986, e obrigados a sair da Líbia em 1990, refugiaram-se no Níger e no Mali, onde criaram vários problemas e passaram a sofrer dura reação dos governantes locais. Houve matanças e verdadeiros genocídios.

Ainda assim, constituíram importantes centros nos países para qual mudaram e que estão presentes, como Agadez, no norte do Níger ou então Gao, Kidal e Timbuctu no Mali. 

Timbuctu, aliás, foi no passado um centro importante no comércio trans-saariano e centro de pesquisa, abrigando uma universidade e grande quantidade de intelectuais que aproveitavam do auge da intelectualidade islâmica, na época da baixa Idade Média.

Esta comunidade não teve a oportunidade de encontrar um território para si e se sentem lesados em seus direitos, por terem sido expulsos de uma região que lhes pertencia há séculos. É preciso um lugar onde possam viver, conservando o estilo de vida que lhes é peculiar, desde os tempos mais remotos.

Arte 

Guedra é a dança típica deste povo, o Guedra é executado para abençoar os amigos, as visitas, os casamentos e os recém-nascidos.

O instrumento musical característico é um tambor feito de barro, pedra ou metal (geralmente uma panela improvisada) coberto por pele de cabra. O tambor Guedra é responsável por conduzir os dançarinos durante o ritual.

                           

BIBLIOGRAFIA:

5. http://virusdaarte.net/

Os Zulus

Localização 

Os zulus são povos que vivem na África,mais especificamente na região da África do Sul,Lesoto,Suazilândia,Zimbábue e Moçambique Atualmente os zulus, tem expansão e poder políticos restritos,mas no passado, foi uma nação guerreira que resistiu ao máximo à invasão Imperialista Britânica e Bôere no século XIX.

A população de zulus na África do Sul foi estimada em 8.778.000 em 1995, correspondendo a 22.4% da população total do país ("The Economist"). Nos restantes países, o número de zulus era estimado em cerca de 400 mil. 

Atualmente os zulus, tem expansão e poder políticos restritos,mas no passado, foi uma nação guerreira que resistiu ao máximo à invasão Imperialista Britânica e Bôere no século XIX.


                                                          
Estátua em homenagem a Shaka

História

Os zulus eram originalmente um clã onde atualmente é o norte do kwaZulu-Natal. Foi fundada por Zulu kaNtombhela. 

Em 1816, os zulus se fortaleceram e formaram um poderoso estado sob liderança de Shaka.Em 1878, os britânicos entregaram um ultimato aos onze chefes representados por Setshwayo. Os termos incluíam a rendição de seu exército e aceitar a autoridade britânica. Cetshwayo recusou e a guerra se iniciou em 1879. Os zulus ganharam, em 22 de janeiro, a batalha de Isandlwana. A virada dos britânicos veio com a batalha em Rorke's Drift,e sua vitória veio com a batalha de Ulundy em 4 de Julho.

                            
Batalha de Ulundy

Modos de Vida:

A língua oficial da nação Zulu é a IsiZulu. 

Eles moram em cabanas, feitas de palhas de árvores próprias das florestas tropicais e em forma circular, sem janelas e facilmente desmontáveis.

As virgens andam de peito nu, coberto apenas com colares de miçangas. As comprometidas usam top de miçanga. As casadas têm um top maior - de miçanga ou tecido -, saia até o joelho e, sempre, chapéu.

Elas usam também um avental feito de miçangas, que fica sob um cobertor que as mulheres utilizam, cruzado na frente do corpo, sem mais nada por baixo, além dos braceletes grossos, também cobertos de miçanga, no pescoço, nos braços e nas pernas. 



Costumes e alimentação...

Os zulus possuem a tradição de diferentes pessoas comerem no mesmo prato. É um sinal de amizade e de conformidade com o costume da partilha e da reciprocidade.

As mulheres cultivam a terra e trabalham muito, fazendo cerveja, artesanato, comida... As crianças geralmente são pastores.

Antes do casamento, os casais se comunicam apenas através de um colar de miçanga chamado "Lover Letter". Cada desenho e cor usada no colar indicam uma mensagem. Os zulus não têm o hábito de se beijar.

Vestimenta

Nas aldeias, o povo mantém suas vestimentas típicas, geralmente feitas de peles de cabra ou vaca, que, depois de trabalhadas, ficam finas como telas. 

As virgens andam de peito nu, coberto apenas com colares de miçangas. As comprometidas usam top de miçanga. As casadas têm um top maior - de miçanga ou tecido -, saia até o joelho e, sempre, chapéu.
                                                      

Elas usam também um avental feito de miçangas, que fica sob um cobertor que as mulheres utilizam, cruzado na frente do corpo, sem mais nada por baixo, além dos braceletes grossos, também cobertos de miçanga, no pescoço, nos braços e nas pernas. 

As meninas usam somente contas, que normalmente são muito reveladoras. As pérolas têm significados diferentes. Algumas simbolizam o amor, enquanto outras dão avisos. As mulheres mais velhas usam um "isicholo", vestimenta que cobre todo o corpo.

Filosofia do Povos Zulus

Os homens vivem para a caça e para a guerra. O chefe zulu utiliza pele de leopardo, considerada um privilégio, já que eles não podem se casar para cuidar mais atentamente de suas tribos. 

As mulheres cultivam a terra e trabalham muito, fazendo cerveja, artesanato, comida... As crianças geralmente são pastores.

                                               

Arte

Eles confeccionam o colorido artesanato desenvolvido desde seus antepassados, que os tornaram mestres na arte de escrever pequenas mensagens com miçangas. Para eles, os trabalhos feitos com miçanga têm o poder de "falar".

Cada cor possui um significado especial. Na linguagem das miçangas, o branco representa amor, vermelho é inspiração e a cor amarela significa saudade. 


Religião

Os Zulus diziam que Cristianismo era religião de homem branco. Eles não aceitam o Evangelho facilmente. A maioria deles está com a cabeça cheia de política; hoje em dia, muitos estão influenciados pelo comunismo.

Os Zulus não tinham uma religião específica. Eles acreditavam em Deuses.


                                  


Jogo feito pelos Zulus

Na África do Sul a melhor das tribos era a dos Zulus. Todos os seus homens eram bons guerreiros e bons exploradores, porque tinham aprendido, quando meninos, a técnica da exploração e do escotismo.

Quando um rapaz tinha idade suficiente para passar a guerreiro, era despojado das roupas e, todo o seu corpo, pintado de branco, davam-lhe a seguir um escudo para se proteger e uma azagaia ou pequena lança para matar animais ou inimigos. Soltavam-no então dentro do mato. Quem o visse, ainda enquanto estivesse pintado de branco, deveria caça-lo e mata-lo. E esta tinta branca levava cerca de 1 mês para desaparecer. Por isso o rapaz era obrigado a ficar no mato durante um mês viver da melhor forma que pudesse.

Durante um mês era está a sua vida, tanto sob um calor ardente quanto sob chuva ou frio. Quando finalmente a pintura branca desaparecia, ele podia regressar à sua aldeia. Era recebido então com grande alegria e permitia-se que tomasse seu lugar entre os jovens guerreiros da tribo.

Brincadeira ingressada no escotismo

Para se brincar juntamos a tropa toda, os monitores vão ser os guerreiros (não necessariamente se pintam), a brincadeira pode ser feita a noite em acampamentos. Os componentes das patrulhas tem que encontrar o monitor da mesma, não o deixando encostar no local determinado pelo chefe onde seria o seu “abrigo” pois se encostar lá ele estará salvo. Porem os monitores podem decidir se vão ou não direto ao seu “abrigo”, podendo fazer uma hora com os componentes da sua patrulha.


Bibliografia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Zulus

Os shonas


Quem são? 

Shona ou Xona são um grupo de povos de línguas bantas que habitam o Zimbábue, a norte do rio Lundi, e no sul de Moçambique. 

                 

O termo Shona : termo Shona foi criado por volta de 1920, significa abetshona "os de lá" foi popularmente utilizado durante os tempos coloniais. Foi introduzido para identificar alguns grupos de pessoas que anteriormente se chamavam de Karanga. 


História 

Os antepassados dos Shonas estabeleceram no Zimbabwe e sul de Moçambique no primeiro milênio antes de Cristo 

Embora os Shonas fossem organizados, na maioria das vezes, em pequenas chefias independentes, de tempo ao tempo durante o curso da sua história, os conglomerados de chefias foram unidos em estados maiores. Controle do comércio de ouro e marfim com os árabes e Portugueses no litoral constituía um motivo e tanto um suporte para os governantes políticos para expandir as suas esferas de influência. A partir do século XII, técnicas de muros de pedra seca foram desenvolvidas pelos Karangas no sul, que, com a formação dos grandes Estados, construíram uma série de edifícios de pedra de grandes dimensões. Na verdade, até hoje não se ouve falar muito da origem dos Shonas, pois acredita-se que eles sejam a formação dos povos de Zimbabwe. 

O Shonas eram tradicionalmente agricultores que cultivam feijão, amendoim, milho, abóboras, e batata doce. 

                             

A partir do século XIX, os Shonas migraram para trabalhar nas minas da África do Sul. Após a ocupação colonial da Rodésia do Sul, o emprego tornou-se disponível no país, em fazendas e minas, em especial nas cidades de crescimento industrial. Alguns grupos foram transferidos de suas terras para abrir caminho para que elas fossem cultivadas por colonos.

A educação foi introduzida por diferentes grupos de missionários, que também estabeleceram hospitais e diversas formas de treinamento técnico, incluindo a formação em agricultura melhorada. Estes serviços foram posteriormente retomados e ampliados pelo governo. 

População total: 14000000 

Regiões com população significativa: Zimbábue, Moçambique 

Esses estados incluem o estado do Grande Zimbabué (século 12 à 16), O Estado Torwa Munhumutapa, bem como o estado Rozvi que sucedeu ao Estado Torwa e no século 19 o estado Mutapa.

Os Karangas do Estado Mutapa entraram uma série de guerras civis que depois do século 16, geraram o seu declínio e posterior dominação para os Portugueses.

    

Os reinos foram destruídos por novos grupos que se deslocam para o planalto. Os Ndebele destruiram o estado Rozvi na década de 1830 e os Portugueses o Estado Mutapa. Em Moçambique, o governo colonial Português lutou com o que restou do estado Mutapa até 1902. Os Karangas foram renomeados Shona com o maior grupo no sul restante com o nome. 


Línguas :Shona, inglês, português 

Religiões: Cristianismo 

Os Shonas acreditam em dois tipos de espíritos - espíritos ShaveVadzimu e os espíritos que são considerados espíritos ancestrais. Também acreditam em espíritos bons e maus, os maus espíritos têm a ver com bruxaria, enquanto o bom humor pode inspirar talentos individuais, juntamente com a cura, a música ou a habilidade artística. Eles usam feitiçaria e danças tradicionais para chamar os espíritos de seus antepassados. 

   

Música
 
                   

Arte: Foram notáveis por suas peças de ferro, cerâmica e música, dentre os quais podem ser destacados os zezuru, karanga, manyika, tonga-korekore e ndau. 

Nas esculturas os Shonas expressam as relações fundamentais entre as duas forças motrizes da vida Shona, sendo este o mundo visível físico e o mundo espiritual invisível que existe em várias culturas. Os escultores acreditam que cada pedra contém uma essência espiritual que influencia a forma como a pedra vai ser moldada e transformada em escultura. 

  
                        

As esculturas de pedra produzidas por esses artistas mostram grande individualidade de forma e conteúdo. A arte é extremamente sedutora e bela, com cada pedra contendo cores ricas e texturas que convidam a explorar e tocar visualmente, emocionalmente, fisicamente e intelectualmente. 

Roupas



Os pigmeus


Os pigmeus 

Pigmeus é um termo utilizado para Negro Anão O termo "pigmeu" é muitas vezes considerado preconceituoso. Cada povo prefere ser chamado pelo seu respectivo nome, embora não haja outro termo para se referir aos povos como grupo. 

Localização

Pigmeus vivem em vários grupos étnicos em Ruanda, Uganda, na República Democrática do Congo, na República Centro Africana,Camarões,Guiné Equatorial, Gabão, no Congo, Angola, Botsuana, Namíbia e na Zâmbia. 

Modo de vida

Os Pigmeus, por viverem na floresta tropical escura, quente e úmida, encontram na coleta e na caça suas formas de subsistência. Não acumulam alimentos nem bens naturais e vivem daquilo que a natureza lhes oferece. Mas nem sempre contam com o suficiente para atender às necessidades mínimas às vezes, passam longos períodos de fome. Como os demais povos caçadores da África, nunca se interessaram nem pela agricultura nem pela criação de gado. O único animal doméstico que costumam ter é o cachorro. A mulher é muito respeitada na sociedade pigmeia, e a monogamia é uma tradição tão firme que chega a ser difícil aos estudiosos explicá-la. 

O homem em idade de casar busca uma esposa em um grupo distinto do seu. É uma forma de intercâmbio: um grupo cede a outro uma mulher se este está em condições de dar-lhe outra no lugar, para que o vazio deixado por uma seja preenchido pela outra. 

Todas as noites, os Pigmeu costumam se reunir em danças coletivas e jogos mímicos, que são suas atividades preferidas nas horas de lazer. 

Religião 

Não é fácil falar da religião dos Pigmeus, porque eles não costumam expressar suas crenças com ritos externos e, além disso, a religião dos diferentes grupos não é uniforme. Geralmente, creem num Ser Supremo criador, que se personifica no deus da selva, do céu e do além. Creem ainda que as almas dos bons se convertem em estrelas do firmamento, enquanto as almas dos maus são condenadas a vagar eternamente pela selva e dão origem às doenças dos humanos. 

Os Pigmeus acreditam também na vida além da morte, mas não se estendem muito sobre o assunto,principalmente por suas colonizações de Ktychu, logo se esquecendo das tumbas de seus antepassados. 

Um povo em extinção vivendo no coração da África. É o que se está consumindo, há décadas, contra os pigmeus, um dos povos mais antigos da África. Pigmeus é uma expressão genérica, usada pela sociedade externa para identificar os pequenos homens que habitam a Floresta Equatorial Africana. Formam um grupo culturalmente definido, porém, a falta de informações mais precisas tem levado muitos a atribuir o título "pigmeu" a vários outros grupos que sofrem de um distúrbio genético que os impedem de crescer. A palavra "pigmeu" é de origem grega e significa três "côvado", ou seja, 1,35m, referindo-se à altura dos mesmos.Um povo em extinção vivendo no coração da África. É o que se está consumindo, há décadas, contra os pigmeus, um dos povos mais antigos da África. O pigmeus expulsos de seus territórios tornaram-se completamente dependentes de outras populações e são obrigados a mendigar para sobreviver. Muitos deles, tornaram-se vítimas de álcool, e outros se suicidam. 

Os pigmeus são considerados seres inferiores a outras populações, e são continuamente marginalizados da vida social. Vivem em condições primitivas, em cabanas de bambu cobertas por folhas de banana, sem cuidados médicos nem educação, tentando sobreviver fabricando cestos, vasos vendidos a preços irrisórios, R$ 1,00 ou menos. Seu território é isolado do resto do país, e não são capazes de cultivar a terra.É a maiorias dos "pigmeus" não possuem carteira de identidade(RG), é por isso não tem direito a assistência médica, é eles só são lembrados pelas pessoas quando o assunto é exploração para turismo. 

Vídeo: 
http://noticias.r7.com/videos/conheca-os-pigmeus-e-saiba-como-vive-esse-povo-de-tradicoes-milenares-na-africa/idmedia/4ffa3d1d6b7145cea2fb86d9.html 

Alimentação e vestiários

Qualquer um,homens ou mulheres recolhem na selva tubérculos, fungos, larvas e cogumelos. A pesca, que só acontece na estação seca, é reservada, em alguns grupos, às mulheres e crianças. 

Já a caça é atividade exclusivamente masculina e se constitui num momento mágico na vida da comunidade pigmeia. Os homens se preparam para sair à caça se abstendo das relações sexuais e evitando toda "ofensa" à comunidade. Antes de partirem, há cerimônias de purificação e propiciação. Hoje, como no passado, a sorte dos Pigmeu está ligada à selva. Fora dela, sua cultura e sua vida se perdem. Mas ultimamente o seu meio ambiente está sendo cada vez modificado e destruído pela extração de madeira, extensas plantações de café, minas de ouro e diamantes e implantações industriais. 

Além disso, o uso de armas de fogo por parte de negros e brancos afasta sempre mais os animais selvagens, dificultando a caça, atividade essencial para a subsistência dos Pigmeus. 

Os pigmeus vestem se com fibras, raízes e folhas de plantas. Mas atualmente têm vindo a vestiram se com camisolas e vestidos, são roupas muito velhas que não utilizam para enfeitarem se mas sim para cobrir o corpo. 

Os bankongos

Os Bakongos

Localização

Os Bakongos, cuja língua é o kikongo, ocupavam o vale do rio Congo em meados do século XIII, e formaram o reino do Kongo que até à chegada dos portugueses, no fim do século XV, era um reino forte e unificado, cuja capital M´banza Kongo, ficava na atual província angolana do Zaire.

Vivem numa larga faixa ao longo da costa atlântica de África, desde o Sul do Gabão até às províncias angolanas do Zaire e do Uíge, passando pela República do Congo, pelo enclave de Cabinda e pela República Democrática do Congo. 

Alimentação

Normalmente, eles comem três refeições por dia. Para o pequeno almoço, uma família da aldeia come uma bola de massa, feita de farinha de mandioca fufu) no dia anterior com o molho. Durante as refeições usam seus dedos, e antes de comer, lavam as mãos em uma bacia de água morna. Algumas pessoas usam tomar café e pão francês, que é produzido em toda a região. O almoço é a maior refeição do dia. 

Os Bakongos se alimentam de um dos molhos diversos, comido com fufu ou com arroz. Folhas de mandioca (saka saka), moídas e cozidas, são sempre bem vindas. Peixes secos, salgados (makayabu) ou sardinhas são adicionados para fazer um rico molho chamado saka saka. Outra alimentação preferida são as sementes de gergelim (Wangila), adicionadas a pequenos camarões secos. Sementes de abóbora (mbika), temperadas com muita pimenta e envoltas em folhas de bananeira, são vendidas em bancas de beira de estrada sendo um lanche popular para os viajantes. O prato mais comum é o feijão branco cozido em molho de óleo de palma, acrescidos de tomates, cebolas, alho e pimenta. Os grãos são consumidos com arroz, fufu, ou chikwange (um pão de mandioca preparado em folhas de bananeira). A ceia geralmente consiste de sobras, de chikwange com um pedaço de makayabu coberto de molho de pimenta, principalmente quando regado com cerveja. Kin (Kinshasa) jours setembro (que significa "pão Kinshasa dia sete"). Os Bakongos gostam de vinho de palma. O suco de palma é aproveitado a partir do topo do tronco de coqueiro. Ele fermenta em poucas horas e deve ser bebido no dia seguinte. Aos sábados e tardes de domingo, as pessoas se sentam sob árvores de manga, apreciando a picante bebida láctea. Eles também fazem o vinho de cana de açúcar (nguila), os vinhos de frutos e gin caseiro (cinq cents). Costuma-se, antes de tomar vinho, derramar uma pequena quantidade dedicada aos ancestrais.

Religião

O Bakongo estava entre os povos africanos subsarianos primeiros a adotar o cristianismo e, como um Reino, tinha relações diplomáticas com o Vaticano. No período colonial, missionários belgas estabelecido seminários católicos nas aldeias de Lemfu e Mayidi em construíram igrejas de missão e escolas de todo o baixo Congo. De acordo com a religião tradicional do Bakongo, o criador do universo, chamado Nzambe, vive acima de um mundo de espíritos ancestrais. Muitas pessoas acreditam que quando um membro da família morre uma morte normal, ele ou ela junta esse mundo espiritual (ou aldeia) dos antepassados, que cuidar dos vivos e proteger os descendentes para quem eles deixaram suas terras. Espíritos daqueles que morrem mortes violentas e intempestivas são pensados para ser sem descanso até que suas mortes foram vingou. Feiticeiros são contratados para descobrir através do uso de fetiches ou encantos chamados nkisi , que foi responsável pela morte. Além disso, as práticas de curas e religião tradicional andam de mãos dadas. Curandeiros tradicionais chamados nganga podem ser consultados para tratamentos à base de plantas ou a raiz kindoki (bruxas praticando magia negra, que são pensados para causar a doença através de má vontade e comer as almas de suas vítimas por noite). Estas crenças têm misturado com o cristianismo, e eles produziram novas seitas. Na década de 1920, Simon Kimbangu, um membro da Igreja de missão de Batista inglês, afirmou ter recebido uma visão de Deus, chamando-lhe a pregar a palavra e para curar os enfermos. Ele ensinou a lei de Moisés e falou contra o feitiço, fetiches, encantos e poligamia (tendo mais de um dos cônjuges ao mesmo tempo). Quando ele começou a falar contra a Igreja e o governo colonial, os belgas prenderam e condenado à morte. Mais tarde sua sentença foi alterada para a vida na prisão, onde morreu em 1951. Finalmente Kimbanguism ganhou reconhecimento legal do Estado, e sua Igreja tornou-se um forte defensor do regime de Mobutu. Atualmente, cerca de 300.000 membros ativo pertencem à Igreja de Kimbangu, a maioria vivendo no baixo Congo.


Bibliografia:

pt.wikipedia.org/wiki/Bakongos
civilizacoesafricanas.blogspot.com/2010/05/bakongos.html
spap.fflch.usp.br/node/16
ambicanos.blogspot.com/.../os-bakongos-do-zaire-antigos-canibais.html

Os Etíopes

Os etíopes

País Africano onde vive os etíopes

A Etiópia, oficialmente República Democrática Federal da Etiópia é um país encravado no Chifre da África, um dos países mais antigos do mundo. É a segunda nação mais populosa da África e a décima maior em área.

Origem do povo etíope

Os primeiros habitantes do território etíope pertenciam a variadas etnias entre as quais predominavam os semitas árabes. A herança de Salomão, que a História comprova por meio de numeroso documentos, (como escrituras sagradas judaico-cristãs, apócrifas e canônicas) evidencia-se na forte presença de elementos da cultura judaica que a Bíblia Africana, o Kebra Negast (Glória dos Reis) explica como resultado de uma viagem empreendida por Menelik I à Israel, justamente para conhecer seu pai, Salomão, e ele com aprender a Ciência Política e os princípios da sabedoria e da religião.

Dezenas de povos diferentes tornaram a Etiópia conhecida como "Museu de Povos".  Os abissínios, chamados "Amhara", são uma mistura de árabes, negros, hamitas e judeus. Há várias outras etnias como Habashats (gente de rosto queimado), Gallas (pele acobreada), Somalis e Bantos, em um universo que reúne mais de 70 grupos étnicos falando cerca de 100 línguas. Todos estes povos têm sua origem histórica situada na Antiguidade, em terras do Oriente e Oriente Médio, incluindo Egito, parte da Fenícia (atual Israel), Palestina, Irã (antiga Pérsia) além de vastas regiões na Ásia e na África.

Os hamitas, inicialmente estabelecidos no Egito, eram semitas-negróides. Semitas são aquela família da raça humana que os antropólogos identificam como pessoas morenas, em vários tons de pele, com olhos e cabelos pretos ou castanhos. Negróide é a denominação genérica para a diversidade de tipos humanos que coexistem na África. Os negróides do norte-oriental do continente, onde se localizam países como Etiópia e Marrocos, são negros esguios, não raro altos, morenos caracteristicamente escuros em graus que vão do negro intenso ao cobre-dourado.

Localização






Contingente Populacional

Seu contingente populacional é de cerca de 76 milhões de habitantes, 17% dos quais vivendo em áreas urbanas.

Costumes dos Etíopes

A cerimônia do café envolve beber um mínimo de três xícaras de café e comendo pipocas. É uma honra especial, um sinal de respeito ser convidado para a casa de alguém para a cerimônia do café.

Quando você vai à igreja, as mulheres cobrem os cabelos e as extremidades superiores do xale sobre os ombros de pé que mostra uma cruz (meskelya) com fios brilhantes na borda.

Nos funerais, o xale é usado com fios de brilhantes na parte inferior (madegdeg).

Religião dos Etíopes

As principais religiões na Etiópia são Cristianismo, Islamismo, Judaísmo e Paganismo. A Etiópia é um país predominantemente cristão e da maioria dos cristãos são cristãos ortodoxos Tewahedo, que pertencem à Igreja Ortodoxa Tewahido da Etiópia. Há uma minoria de cristãos que são católicos ou protestantes. A Igreja Ortodoxa Tewahido da Etiópia é chefiada por um patriarca e está relacionado com a comunhão da Igreja Ortodoxa Copta, o armênio Igreja Ortodoxa, a Igreja Ortodoxa Síria e Malankara Igreja Ortodoxa da Índia.

Vestimentas dos Etíopes

A vestimenta tradicional das mulheres na Etiópia é feita a partir de um tecido chamado shemma e é usada para fazer qemis Habesha: é, basicamente, o tecido de algodão, cerca de 90 polegadas de largura, tecido em tiras longas que são então cosidas em conjunto. Às vezes, fios brilhantes são tecidos no tecido para dar um efeito elegante. Demora cerca de duas a três semanas para fazer um vestido.

Os homens usam calças e uma camisa até o joelho com colarinho branco, e talvez um suéter. Os homens muitas vezes usam meias até o joelho, enquanto as mulheres não usam meias. Tanto homens como mulheres usam xales. Shawls são utilizados num estilo diferente para diferentes ocasiões. Quando você vai à igreja, as mulheres cobrem os cabelos e as extremidades superiores do xale sobre os ombros de pé que mostra uma cruz (meskelya) com fios brilhantes na borda. Nos funerais, o xale é usado com fios de brilhantes na parte inferior (madegdeg). Os vestidos das mulheres são chamados qemis Habesha. Os vestidos são geralmente de cor branca. As pulseiras e colares de prata ou ouro são colocadas nos braços e pés como complemento. Hoje tornou-se moda nas cidades de uma variedade de vestidos de grife combinam tecido tradicional com um estilo moderno. Muitas vezes, a cabeça da mulher é coberto com shash, um pano que é amarrado no pescoço.


Arte

Arquitetura e Escultura:

Os exemplos mais importantes da arquitetura e escultura etíope são as igrejas escavadas na rocha de Lalibela e obelisco de Axum. Há muitos outros exemplos de arquitetura civil e religiosa em pedra e materiais perecíveis.

Pintura

O interior de edifícios religiosos é geralmente decorado com pinturas de influência bizantina. As mais antigas pinturas cristãs são preservados manuscritos iluminados do século VII; contatos entre o reino de Aksum e no Oriente Médio são perceptíveis estilisticamente. O isolamento do resto do mundo cristão era uma especificidade visível entre os séculos XII e XV séculos, quando se desenvolveu o estilo etíope genuíno. A primeira escola original da pintura apareceu por volta de 1400, a ilustração de manuscritos, principalmente.  

Curiosidades

Vídeo sobre comidas típicas e outros produtos da Etiópia:

https://www.youtube.com/watch?v=t54vEuCj6Tg

Vídeo dobre os costumes cultura e modo de vida nas tribos da Etiópia, trabalhando três tribos em especial, os Ramá, ao Caro e os Surma.


Referencias bibliográficas
 http://wikitravel.org/pt/Eti%C3%B3pia
http://www.brasilglobalnet.gov.br/ARQUIVOS/Publicacoes/ComoExportar/GuiasNegocioAfrica/GNEtiopia.pdf
http://es.wikipedia.org/wiki/Arte_et%C3%ADope
http://es.wikipedia.org/wiki/Cultura_de_Etiop%C3%ADa
https://www.google.com.br/search?q=localiza%C3%A7ao+da+eti%C3%B3pia&espv=2&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=_g_9U_6XBMrR8AG4moGYDg&ved=0CAYQ_AUoAQ&biw=1366&bih=667#facrc=_&imgdii=_&imgrc=AYEm4iUn_Ov_rM%253A%3B4AM_mgrB7jc6bM%3Bhttp%253A%252F%252F1.bp.blogspot.com%252F-9ry2WtovAHo%252FUyb4E8rjAwI%252FAAAAAAAACFo%252FRfKY3pXpji8%252Fs1600%252Fmapa-etiopia.gif%3Bhttp%253A%252F%252Fmenrvatemplodosaber.blogspot.com%252F2014%252F03%252Fafrica-curiosidades.html%3B340%3B300

http://www.surforeggae.com.br/rascultura_etiopia.asp?cat=31 

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Os dogons

Dogon é um povo que habita o Mali e o Burkina Faso. Os dogons do Mali são um povo que vive em uma remota região no interior da África Ocidental - são cerca de 200 mil e a sua maioria vive em aldeias penduradas nas escarpas de Bandiagara, ao leste do Rio Níger. Ainda não podem ser qualificados como "primitivos", pois possuem um estilo de vida muito complexo, e não são excelentes candidatos a possuir conhecimentos científicos. Contudo, possuem um conhecimento muito preciso do sistema estelar de Sirius (incluindo pelo menos uma estrela que ainda não foi identificada pelos astrônomos) e dos seus períodos orbitais. Os sacerdotes dogons dizem que sabem desses detalhes, que aparentemente são transmitidos oralmente e de forma secreta, séculos antes dos astrônomos.


Na República do Mali, região do antigo Sudão francês, África Ocidental, a 200 quilômetros ao sul da cidade de Timbuktu, um abismo de 300 metros de profundidade formado pelas escarpas Bandiagara é a porta de entrada para a terra do povo Dogon. Esse antigo e pacífico povo ali se radicou por volta do século 13 e permaneceu isolado até as primeiras décadas do século 20, mantendo intacta e praticamente inalterada sua rica e sofisticada cultura.
Modo de vida dos Dogons

Para os dogons, toda a criação está vinculada à estrelas que eles chamam de Po Tolo, que significa "estrela semente". Esse nome vem da minúscula semente chamada de "fonio", que em botânica é conhecida como Digitaria exilis. Com a diminuta semente, os dogons referem-se ao inicio de todas as coisas. Segundo os dogons, a criação começou nessa estrela, qualificada pela astronomia como anã branca, e que os astrônomos modernos chamam de Sirius B, a companheira muito menor da brilhante Sirius A, da constelação Cão Maior. Costumes e Alimentação       

O abundante tesouro de mitos e ritos dos Dogon, é conhecido graças aos trabalhos de Marcel Griaule, que a partir de 1931 começou a estudar sua cultura original. Por causa da dificuldade de acesso àregião em que se encontram e da arridez do clima, ficaram isolados durante muito tempo e puderam preservar seus costumes e hábitos religiosos.O culto dos mortos é um elemento essencial na cultura dogon: a morte se situa numa perspectiva de ressereição e fecundidade, preocupações dominantes dessa sociedade (Calame – Griaule 1968).           

Atualmente, os Dogos continuam a viver em aldeiazinhas. A cultura transmite-se de maneira oral dos mais velhos aos mais novos, e vivem da cultura do milho, cebola e sobretudo sorgo, a base da sua alimentação, com o qual fazem farinha, sémola e cerveja.  Religião Entre os dogon, o culto principal é aquele voltado ao deus criador Amma, longínquo e imaterial. Outros quatro cultos têm por objetivo estabelecer relações constantes com os ancestrais: culto das máscaras, do Lébé (grande ancestral), dos Binou (ancestrais ou gênios que viveram no período mítico) e das almas. Trata-se de quatro sociedades, diferentes quanto aos sacerdotes, ao material, mas parecidas pelas forças com as quais agem e pela natureza dos personagens míticos.           

A instituição das máscaras surgiu do culto ao fundador do povo Arou, segundo filho do grande ancestral Lébé e que morreu sob forma de serpente. ARTE A estatuária.            

Os dogons atribuem aos tellem, povo que consideram seus predecessores, a autoria de certos objetos cultuais e funerários, inclusive estatuetas, encontrados em santuários localizados em cavernas escavadas nos penhascos do Bandiagara. Os dogons invadiram a região onde os tellem estavam estabelecidos, expulsando-os dos penhascos: em algumas regiões, porém, as duas sociedades conviveram pacificamente. As esculturas tellem representam um estágio formativo da escultura dogon, o que remete a uma evolução da arte dogon no século.           

As estátuas são efígies de personagens míticos, e portanto, voltadas para o passado. Muitas delas são atribuídas pelos dogon aos tellem, seus predecessores. As máscaras.            

A sociedade iniciática das máscaras desempenha o papel de transmitir, por meio de ritos funerários, a força vital de um falecido a uma criança de sua descendência.           

Três são as principais máscaras da sociedade de iniciação: kanaga, sirige e "porta de Amma". O rosto com traços geométricos da máscara Kanaga, representa o deus criador, de quem procedem os acontecimentos que levaram à edificação das bases da sociedade.           

As estruturas dessa máscara, como a cruz de Lorena, evocam simbolicamente esses acontecimentos míticos. As máscaras figurativas representam ora animais da savana, ora pessoas. As máscaras zoomórficas lembram que os Dogon foram caçadores antes de serem cultivadores, e celebram a aliança entre os animais (gêmeos dos homens) e os primeiros ancestrais. As máscaras antropomórficas se referem às diferentes categorias sociais: os sexos, as classes de idade, as funções religiosas. A máscara aparece como um objeto de arte teatral, donde a gesticulação vai caracterizar o personagem representado as portas de celeiro.            


Não são objetos de culto, e manifestam certa autonomia em relação à vida religiosa. São associadas à arquitetura e seu fim é relatar acontecimentos míticos, como os da criação do mundo. 

Filosofia

Entre os dogon, o culto principal é aquele voltado ao deus criador Amma, longínquo e imaterial. Outros quatro cultos têm por objetivo estabelecer relações constantes com os ancestrais: culto das máscaras, do Lébé (grande ancestral), dos Binou (ancestrais ou gênios que viveram no período mítico) e das almas. Trata-se de quatro sociedades, diferentes quanto aos sacerdotes, ao material, mas parecidas pelas forças com as quais agem e pela natureza dos personagens míticos.      

O povo Dogon carrega uma relação estreita com o meio ambiente, que é expressa em seus rituais e tradições sagrados, considerados pela UNESCO entre os mais bem preservados da África subsaariana. Apesar do cristianismo e islamismo terem se espalhado pela região ao longo do último século, os valores ancestrais e a integração harmoniosa de elementos culturais permanecem autênticos e únicos. A população mantém uma série de tradições sociais como festivais, cerimônias e o culto dos antepassados. Entre os mais impressionantes patrimônios imateriais, está a Dança das Máscaras, um rito com alto grau de codificação, que para os Dogon experimenta em sua concretização a formação do mundo, a organização do sistema solar, o culto às divindades e os mistérios da morte. 

Vestimenta

Roupas coloridas, cobrindo totalmente o corpo, usavam lenços, coroas na cabeça e todos descalços.

Grupo: Bárbara, Davi, Felipe Gurgel, Lucas, Pedro e Rodrigo