sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Os dogons

Dogon é um povo que habita o Mali e o Burkina Faso. Os dogons do Mali são um povo que vive em uma remota região no interior da África Ocidental - são cerca de 200 mil e a sua maioria vive em aldeias penduradas nas escarpas de Bandiagara, ao leste do Rio Níger. Ainda não podem ser qualificados como "primitivos", pois possuem um estilo de vida muito complexo, e não são excelentes candidatos a possuir conhecimentos científicos. Contudo, possuem um conhecimento muito preciso do sistema estelar de Sirius (incluindo pelo menos uma estrela que ainda não foi identificada pelos astrônomos) e dos seus períodos orbitais. Os sacerdotes dogons dizem que sabem desses detalhes, que aparentemente são transmitidos oralmente e de forma secreta, séculos antes dos astrônomos.


Na República do Mali, região do antigo Sudão francês, África Ocidental, a 200 quilômetros ao sul da cidade de Timbuktu, um abismo de 300 metros de profundidade formado pelas escarpas Bandiagara é a porta de entrada para a terra do povo Dogon. Esse antigo e pacífico povo ali se radicou por volta do século 13 e permaneceu isolado até as primeiras décadas do século 20, mantendo intacta e praticamente inalterada sua rica e sofisticada cultura.
Modo de vida dos Dogons

Para os dogons, toda a criação está vinculada à estrelas que eles chamam de Po Tolo, que significa "estrela semente". Esse nome vem da minúscula semente chamada de "fonio", que em botânica é conhecida como Digitaria exilis. Com a diminuta semente, os dogons referem-se ao inicio de todas as coisas. Segundo os dogons, a criação começou nessa estrela, qualificada pela astronomia como anã branca, e que os astrônomos modernos chamam de Sirius B, a companheira muito menor da brilhante Sirius A, da constelação Cão Maior. Costumes e Alimentação       

O abundante tesouro de mitos e ritos dos Dogon, é conhecido graças aos trabalhos de Marcel Griaule, que a partir de 1931 começou a estudar sua cultura original. Por causa da dificuldade de acesso àregião em que se encontram e da arridez do clima, ficaram isolados durante muito tempo e puderam preservar seus costumes e hábitos religiosos.O culto dos mortos é um elemento essencial na cultura dogon: a morte se situa numa perspectiva de ressereição e fecundidade, preocupações dominantes dessa sociedade (Calame – Griaule 1968).           

Atualmente, os Dogos continuam a viver em aldeiazinhas. A cultura transmite-se de maneira oral dos mais velhos aos mais novos, e vivem da cultura do milho, cebola e sobretudo sorgo, a base da sua alimentação, com o qual fazem farinha, sémola e cerveja.  Religião Entre os dogon, o culto principal é aquele voltado ao deus criador Amma, longínquo e imaterial. Outros quatro cultos têm por objetivo estabelecer relações constantes com os ancestrais: culto das máscaras, do Lébé (grande ancestral), dos Binou (ancestrais ou gênios que viveram no período mítico) e das almas. Trata-se de quatro sociedades, diferentes quanto aos sacerdotes, ao material, mas parecidas pelas forças com as quais agem e pela natureza dos personagens míticos.           

A instituição das máscaras surgiu do culto ao fundador do povo Arou, segundo filho do grande ancestral Lébé e que morreu sob forma de serpente. ARTE A estatuária.            

Os dogons atribuem aos tellem, povo que consideram seus predecessores, a autoria de certos objetos cultuais e funerários, inclusive estatuetas, encontrados em santuários localizados em cavernas escavadas nos penhascos do Bandiagara. Os dogons invadiram a região onde os tellem estavam estabelecidos, expulsando-os dos penhascos: em algumas regiões, porém, as duas sociedades conviveram pacificamente. As esculturas tellem representam um estágio formativo da escultura dogon, o que remete a uma evolução da arte dogon no século.           

As estátuas são efígies de personagens míticos, e portanto, voltadas para o passado. Muitas delas são atribuídas pelos dogon aos tellem, seus predecessores. As máscaras.            

A sociedade iniciática das máscaras desempenha o papel de transmitir, por meio de ritos funerários, a força vital de um falecido a uma criança de sua descendência.           

Três são as principais máscaras da sociedade de iniciação: kanaga, sirige e "porta de Amma". O rosto com traços geométricos da máscara Kanaga, representa o deus criador, de quem procedem os acontecimentos que levaram à edificação das bases da sociedade.           

As estruturas dessa máscara, como a cruz de Lorena, evocam simbolicamente esses acontecimentos míticos. As máscaras figurativas representam ora animais da savana, ora pessoas. As máscaras zoomórficas lembram que os Dogon foram caçadores antes de serem cultivadores, e celebram a aliança entre os animais (gêmeos dos homens) e os primeiros ancestrais. As máscaras antropomórficas se referem às diferentes categorias sociais: os sexos, as classes de idade, as funções religiosas. A máscara aparece como um objeto de arte teatral, donde a gesticulação vai caracterizar o personagem representado as portas de celeiro.            


Não são objetos de culto, e manifestam certa autonomia em relação à vida religiosa. São associadas à arquitetura e seu fim é relatar acontecimentos míticos, como os da criação do mundo. 

Filosofia

Entre os dogon, o culto principal é aquele voltado ao deus criador Amma, longínquo e imaterial. Outros quatro cultos têm por objetivo estabelecer relações constantes com os ancestrais: culto das máscaras, do Lébé (grande ancestral), dos Binou (ancestrais ou gênios que viveram no período mítico) e das almas. Trata-se de quatro sociedades, diferentes quanto aos sacerdotes, ao material, mas parecidas pelas forças com as quais agem e pela natureza dos personagens míticos.      

O povo Dogon carrega uma relação estreita com o meio ambiente, que é expressa em seus rituais e tradições sagrados, considerados pela UNESCO entre os mais bem preservados da África subsaariana. Apesar do cristianismo e islamismo terem se espalhado pela região ao longo do último século, os valores ancestrais e a integração harmoniosa de elementos culturais permanecem autênticos e únicos. A população mantém uma série de tradições sociais como festivais, cerimônias e o culto dos antepassados. Entre os mais impressionantes patrimônios imateriais, está a Dança das Máscaras, um rito com alto grau de codificação, que para os Dogon experimenta em sua concretização a formação do mundo, a organização do sistema solar, o culto às divindades e os mistérios da morte. 

Vestimenta

Roupas coloridas, cobrindo totalmente o corpo, usavam lenços, coroas na cabeça e todos descalços.

Grupo: Bárbara, Davi, Felipe Gurgel, Lucas, Pedro e Rodrigo

2 comentários:

  1. Muito bom que finalmente se fale deste povo tão extraordinário excelente artigo. Obrigada

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  2. Muito bom que finalmente se fale deste povo tão extraordinário excelente artigo. Obrigada

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