Dogon é um povo que habita o Mali e o Burkina Faso.
Os dogons do Mali são um povo que vive em uma remota região no interior
da África Ocidental - são cerca de 200 mil e a sua maioria vive em
aldeias penduradas nas escarpas de Bandiagara, ao leste do Rio Níger.
Ainda não podem ser qualificados como "primitivos", pois possuem um
estilo de vida muito complexo, e não são excelentes candidatos a possuir
conhecimentos científicos. Contudo, possuem um conhecimento muito preciso do
sistema estelar de Sirius (incluindo pelo menos uma estrela
que ainda não foi identificada pelos astrônomos) e dos seus períodos
orbitais. Os sacerdotes dogons dizem que sabem desses detalhes, que
aparentemente são transmitidos oralmente e de forma secreta, séculos antes
dos astrônomos.
Na República do Mali, região do antigo Sudão francês, África Ocidental, a
200 quilômetros ao sul da cidade de Timbuktu, um abismo de 300 metros de
profundidade formado pelas escarpas Bandiagara é a porta de entrada para a
terra do povo Dogon. Esse antigo e pacífico povo ali se radicou por volta do
século 13 e permaneceu isolado até as primeiras décadas do século 20, mantendo
intacta e praticamente inalterada sua rica e sofisticada cultura.
Modo de vida dos Dogons
Para os dogons,
toda a criação está vinculada à estrelas que eles chamam de Po Tolo,
que significa "estrela semente". Esse nome vem da
minúscula semente chamada de "fonio", que
em botânica é conhecida como Digitaria exilis. Com a diminuta
semente, os dogons referem-se ao inicio de todas as coisas. Segundo os dogons,
a criação começou nessa estrela, qualificada pela astronomia como anã
branca, e que os astrônomos modernos chamam de Sirius B, a companheira
muito menor da brilhante Sirius A, da constelação Cão Maior. Costumes
e Alimentação
O abundante tesouro de mitos e ritos dos
Dogon, é conhecido graças aos trabalhos de Marcel Griaule, que a partir de 1931
começou a estudar sua cultura original. Por causa da dificuldade de acesso
àregião em que se encontram e da arridez do clima, ficaram isolados durante
muito tempo e puderam preservar seus costumes e hábitos religiosos.O culto dos
mortos é um elemento essencial na cultura dogon: a morte se situa numa
perspectiva de ressereição e fecundidade, preocupações dominantes dessa
sociedade (Calame – Griaule 1968).
Atualmente, os Dogos continuam a viver em
aldeiazinhas. A cultura transmite-se de maneira oral dos mais velhos aos mais
novos, e vivem da cultura do milho, cebola e sobretudo sorgo, a base da sua
alimentação, com o qual fazem farinha, sémola e cerveja. Religião Entre
os dogon, o culto principal é aquele voltado ao deus criador Amma, longínquo e
imaterial. Outros quatro cultos têm por objetivo estabelecer relações
constantes com os ancestrais: culto das máscaras, do Lébé (grande ancestral),
dos Binou (ancestrais ou gênios que viveram no período mítico) e das almas.
Trata-se de quatro sociedades, diferentes quanto aos sacerdotes, ao material,
mas parecidas pelas forças com as quais agem e pela natureza dos personagens
míticos.
A instituição das máscaras surgiu do culto ao
fundador do povo Arou, segundo filho do grande ancestral Lébé e que morreu sob
forma de serpente. ARTE A
estatuária.
Os dogons atribuem aos tellem, povo que
consideram seus predecessores, a autoria de certos objetos cultuais e
funerários, inclusive estatuetas, encontrados em santuários localizados em
cavernas escavadas nos penhascos do Bandiagara. Os dogons invadiram a região
onde os tellem estavam estabelecidos, expulsando-os dos penhascos: em algumas
regiões, porém, as duas sociedades conviveram pacificamente. As esculturas
tellem representam um estágio formativo da escultura dogon, o que remete a uma
evolução da arte dogon no
século.
As estátuas são efígies de personagens
míticos, e portanto, voltadas para o passado. Muitas delas são atribuídas pelos
dogon aos tellem, seus predecessores. As
máscaras.
A sociedade iniciática das máscaras
desempenha o papel de transmitir, por meio de ritos funerários, a força vital
de um falecido a uma criança de sua descendência.
Três são as principais máscaras da sociedade
de iniciação: kanaga, sirige e "porta de Amma". O rosto com traços
geométricos da máscara Kanaga, representa o deus criador, de quem procedem os
acontecimentos que levaram à edificação das bases da sociedade.
As estruturas dessa máscara, como a cruz de
Lorena, evocam simbolicamente esses acontecimentos míticos. As máscaras
figurativas representam ora animais da savana, ora pessoas. As máscaras
zoomórficas lembram que os Dogon foram caçadores antes de serem cultivadores, e
celebram a aliança entre os animais (gêmeos dos homens) e os primeiros
ancestrais. As máscaras antropomórficas se referem às diferentes categorias
sociais: os sexos, as classes de idade, as funções religiosas. A máscara aparece
como um objeto de arte teatral, donde a gesticulação vai caracterizar o
personagem representado as portas de
celeiro.
Não são objetos de culto, e manifestam certa
autonomia em relação à vida religiosa. São associadas à arquitetura e seu fim é
relatar acontecimentos míticos, como os da criação do mundo.
Filosofia
Entre os dogon, o
culto principal é aquele voltado ao deus criador Amma, longínquo e imaterial.
Outros quatro cultos têm por objetivo estabelecer relações constantes com os ancestrais:
culto das máscaras, do Lébé (grande ancestral), dos Binou (ancestrais ou gênios
que viveram no período mítico) e das almas. Trata-se de quatro sociedades,
diferentes quanto aos sacerdotes, ao material, mas parecidas pelas forças com
as quais agem e pela natureza dos personagens
míticos.
O povo Dogon
carrega uma relação estreita com o meio ambiente, que é expressa em seus
rituais e tradições sagrados, considerados pela UNESCO entre os mais bem
preservados da África subsaariana. Apesar do cristianismo e islamismo terem se
espalhado pela região ao longo do último século, os valores ancestrais e a
integração harmoniosa de elementos culturais permanecem autênticos e únicos. A
população mantém uma série de tradições sociais como festivais, cerimônias e o
culto dos antepassados. Entre os mais impressionantes patrimônios imateriais,
está a Dança das Máscaras, um rito com alto grau de codificação, que para os
Dogon experimenta em sua concretização a formação do mundo, a organização do
sistema solar, o culto às divindades e os mistérios da morte.
Vestimenta
Roupas coloridas, cobrindo totalmente o corpo,
usavam lenços, coroas na cabeça e todos descalços.
Grupo: Bárbara, Davi, Felipe Gurgel, Lucas, Pedro e Rodrigo
Muito bom que finalmente se fale deste povo tão extraordinário excelente artigo. Obrigada
ResponderExcluirMuito bom que finalmente se fale deste povo tão extraordinário excelente artigo. Obrigada
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